Vellinho Pinto explanou sobre a provável concessão que será realizada pelo Governo do Estado
Durante Sessão Ordinária na Câmara de Vereadores de Canela, o vereador José Vellinho Pinto explanou sobre a provável concessão que será realizada pelo Governo do Estado em relação ao Parque do Caracol. Há uma unanimidade que a gestão do Parque do Caracol deve sofrer uma drástica modificação. Uma Parceria Público/Privada se apresenta como o melhor caminho.
“O Governo do Estado afasta a possibilidade de privatização do Parque, sugerindo retomar o parque para concedê-lo em seu favor financeiro. Canela lutou muito para ter a gestão do Parque. Sob a gestão do estado, até 1990 o parque estava literalmente abandonado e mal cuidado. Muitos investimentos passaram a ser feitos pelas gestões municipais: Pórtico, centro administrativo, reforma de prédios, escadaria, reforma do restaurante, reforma da lancheria, pavimentação asfáltica, entre outros. Desenvolveu-se o projeto Loboguará, transporte por dindinho, sonho vivo, projeto do Observatório Ecológico, todos em parceria com a iniciativa privada e empresários regionais”, lembrou Vellinho.
O vereador ainda indagou: “Devemos nos perguntar: Que projeto? Que discussão foi estabelecida nos últimos 10 anos sobre melhorias, ou alterações na concepção do Parque? Isso tudo sob a gestão municipal”, disse.
O Polo Turístico de nossa Região é o de maior crescimento no país. Tivemos uma das primeiras Universidades formadoras de recursos humanos em Turismo. Não há no Brasil nenhum outro destino turístico de interior que se compare ao nosso, consequência de nossos investimentos e nossas capacidades empreendedoras. Inteligências empreendedoras a região tem, e tem demonstrado isto.
“Nos últimos seis anos o Parque vive um abandono acentuado. Relação difícil com o estado. A suspensão do pagamento da cota parte devida, provocou um conflito na relação município/estado, gerando uma dívida municipal, que neste momento está sendo paga”, ressaltou o vereador.
Canela possui a concessão há 30 anos, e nesta situação, bem ou mal gerido, arrecada em torno de R$ 6 milhões/ano. Com potencial, se bem gerido, de dobrar este valor. Estes recursos tem custeado grande parte da promoção, eventos e desenvolvimento do nosso turismo, e também sustentam nossos eventos e atividades culturais.
“O PARQUE DO CARACOL, além de sua beleza, se revelou a base de investimentos no turismo e cultura local. A devolução da concessão reduzirá para R$ 300 mil/ano (5% dos atuais) nossa receita. O que devemos discutir é se mantemos a concessão, e nós fazemos esta profunda alteração da gestão do Parque do Caracol em parceria com a iniciativa privada, devolvendo a este o destaque merecido deste acidente geográfico que é uma das razões da nossa existência como destino turístico, elevando nosso padrão de receita e consequentes investimentos
em Turismo local, incentivando o desenvolvimento com empreendedores locais, ou entregamos a concessão e vamos buscar outras alternativas de receitas para nosso Turismo e Cultura. Hoje o Parque do Caracol responde por 50 % dos recursos da Secretaria de Turismo. E vamos buscar a surrada solução da elevação de impostos próprios, principalmente o IPTU, para pelo menos manter o orçamento municipal. Estimo uma elevação de 30 % do IPTU, só para repor valores. “Depois, não adianta reclamar, é aumento tributário, ou diminuição de serviços públicos”, finalizou Vellinho.