TERNO DE REIS NO SONHO DE NATAL

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O Dia de Reis, celebrado em 6 de janeiro, contou com uma programação especial no 32º Sonho de Natal de Canela. A data, que tem forte cunho religioso, foi celebrada conforme rege a tradição cristã, com o Terno de Reis que percorre as casas da comunidade do dia 25 de dezembro até o dia 6 de janeiro levando música, canto e orações às famílias. Mas um detalhe surpreendente chama a atenção em Canela. O mais tradicional grupo que representa os Reis Magos e seus pastores está completando 60 anos. A apresentação é considerada histórica pela família Seibt. Em 1959, Edvino Otto Seibt fundou um Terno de Reis com a sua família, que desde então revive a peregrinação, visitando centenas de lares em Canela.

A apresentação dos dez integrantes foi acompanhada com emoção pelo público na noite de segunda-feira, no Multipalco da praça João Corrêa. Sete irmãos – Leonides, Antônio, Pedrinho, João, Gilberto, Carmen, Maria, mais o genro do fundador, Luiz, o bisneto do fundador, Igor, e o gaiteiro Rodrigo, considerado um “irmão de coração” – interpretaram as canções tradicionais dessa data: o canto de chegada, os hinos de Natal e os cânticos de despedida. “Nós procuramos Jesus onde quer que nos convidem. Ele está em todos os lugares e também no coração das pessoas. Hoje, nós encontramos Jesus aqui, no coração de cada um de vocês. Obrigado por estarem aqui”, anunciou a oradora do grupo, Carmen Seibt. “Vivemos uma emoção muito grande. Sentimos que as pessoas estão carentes de uma palavra de fé e de esperança. Então levamos até elas o espírito natalino”, completou Leonides Seibt.

TRADIÇÃO PERPETUADA

Há seis décadas o ritual se repete na família Seibt. O jovem Igor, hoje com 18 anos, se juntou ao grupo há 10 anos. “Foi no cinquentenário do Terno de Reis da família. Para comemorar a data, minha avó, Carmen, teve a ideia de criar um Terno de Reis mirim. Então, eu e meus primos participamos. Desde então, não parei mais”, recorda. Acompanhado de seu violão, Igor tem um papel importante no grupo, pois representa a terceira geração da família. “Desde pequeno ouço minha avó dizer para eu nunca deixar morrer essa tradição. Estou fazendo a minha parte”, afirma o rapaz.

 

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