Um ano após a realização da primeira Olimpíada na América do Sul, a degradação do meio ambiente da sede dos Jogos só piorou. A constatação é do biólogo Mario Moscatelli. Com o foco nas águas do complexo lagunar da Barra da Tijuca, no entorno do Parque Olímpico, ele revela que até mesmo as capivaras que circundavam a mata à beira das lagoas do Rio não estão resistindo à poluição.
“Muitas têm sido encontradas mortas sem nenhum ferimento, sem perfuração. Ou seja, não se trata de armadilha de caçadores. É por causa das toxinas, é pelo grau de contaminação”, disse Moscatelli.
O biólogo é referência no estudo das condições das praias e lagoas das áreas urbanas do Rio. Durante os últimos anos, Moscatelli já vinha denunciando a situação ao redor do Parque Olímpico, que é margeado pela Lagoa de Jacarepaguá.
Ali, dois rios cercam a área que recebeu milhares de atletas do mundo inteiro em 2016. Tanto o Arroio Pavuna quanto o Pavuninha continuam despejando diariamente uma quantidade enorme de esgoto e detritos na lagoa.
O Rio não cumpriu nenhum dos compromissos assumidos para o meio ambiente no dossiê da candidatura para os Jogos de 2016. Um deles, o tratamento do esgoto lançado na Baía de Guanabara, também não avançou e frustrou ativistas e atletas que velejaram pelo local durante a Olimpíada.
Fonte: site Terra