O Pinheiro Grosso é um sobrevivente do ciclo madeireiro de Canela. Remanescente da mata nativa original, sobreviveu por não ser madeirável devido às bifurcações do tronco. Os demais pinheiros gigantescos do entorno foram suprimidos na época. O Parque do Pinheiro Grosso tem como finalidade a proteção integral deste raro espécime, cujo nome botânico Araucária Angustifolia representa a espécie dominante na paisagem da Floresta Ombrófila Mista, tendo sua origem a mais de 200 milhões de anos no solo brasileiro. Atualmente a espécie está concentrada na Região Sul do Brasil, domínio Mata Atlântica, até o norte da Argentina e Paraguai e se encontra em Perigo Crítico de Extinção, segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN).
O Zoneamento do Parque do Pinheiro Grosso, determinado pelo Plano de Manejo divide-se em três segmentos com características, definições e normas de uso distintas, sendo a Zona de Uso Intensivo o local mais antropisado, – onde estamos no presente momento – que recebe as edificações e instalações de apoio, com função de facilitar a recreação intensiva e a educação ambiental. A Zona Intangível representa o mais alto grau de preservação e de restrição antrópica; é destinada a proteção integral do Pinheiro Grosso sua fauna e flora associada ao ecossistema local. Já a Zona Primitiva possui características de transição entre as zonas anteriores, com a função de preservar o ambiente natural e, ao mesmo tempo, proporcionar formas de recreação e lazer mais ecológicos, próprios do ecoturismo e turismo de aventura. Esse parque faz parte do projeto “Veraneio na Serra”.
crédito fotos: Ricardo Varela